Perspectivas dos fertilizantes em 2024: impacto global e cenário brasileiro
Bem-vindos ao primeiro conteúdo do blog Campo Forte! Antes de adentrarmos no nosso tema de estreia, é importante contarmos que nosso objetivo é ir além da mera informação. Nosso compromisso é proporcionar aos leitores informações técnicas detalhadas e de qualidade. Será um prazer compartilhar com vocês conhecimentos FORTES e valiosos sobre o universo dos fertilizantes.
Para dar início à nossa jornada de conhecimento sobre as tendências para o mercado de fertilizantes e o cenário no Brasil em 2024, vamos brevemente revisitar os anos anteriores, que moldaram a realidade atual.
Em 2020, a pandemia global causou lockdowns e incertezas, o que afetou o consumo de fertilizantes e suas matérias-primas. A pressão de baixa nos preços dos fertilizantes foi observada devido à interrupção da cadeia de suprimentos, redução na demanda por commodities agrícolas e flutuações cambiais.
Diferente de 2020, 2021 trouxe uma ‘tempestade perfeita’, com o retorno pós-lockdown das atividades econômicas, escassez de oferta e aumentos de preços recordes, além de desafios geopolíticos e questões climáticas adversas.
Já em 2022, a guerra entre Rússia e Ucrânia gerou temores de escassez, resultando em preços ainda mais altos. No entanto, apesar dos custos elevados dos fertilizantes, o bom preço das commodities e relações diplomáticas favoráveis permitiram um investimento contínuo em adubação.
Em 2023, houve um retorno à normalidade, com preços mais moderados e estabilização na oferta de fertilizantes, embora os produtores tenham enfrentado desafios para repor nutrientes no solo após um ano de menor consumo. Resultado? Uma importação de 39,4 milhões de toneladas de fertilizantes, 7,7% a mais em relação ao ano anterior.
Após o breve contexto mundial e cenário que nos conduziram até 2024, vamos abordar a dinâmica de outro fertilizante importante: a ureia, um dos nitrogenados mais utilizados no último ano.
No ano passado, os preços caíram inicialmente devido aos estoques remanescentes de 2022, mas aumentaram entre abril e maio devido à demanda dos EUA e Índia. Entre os meses de junho e julho, os preços caíram devido à falta de demanda. A volatilidade persistiu ao longo de 2023 devido à sazonalidade, clima e competição global. Em agosto, os preços subiram novamente com a demanda do Brasil e da Índia, se estabilizando no final do ano com a redução da demanda brasileira.
No início de 2024, os preços subiram novamente devido à demanda dos EUA e Europa.
No caso do MAP (fosfato monoamônico), os preços permaneceram altos no início de 2023 devido à demanda dos EUA e Europa, mantendo-se estáveis após a queda no segundo trimestre, impulsionados pelo retorno da demanda do Brasil e Índia.
Quanto ao KCl (cloreto de potássio), os preços começaram altos, mas diminuíram gradualmente devido ao aumento da oferta e à demanda mais cautelosa. Atualmente, o mercado de KCl está fraco, com expectativa de retorno da demanda.
Essas tendências são fundamentais para entender o mercado de fertilizantes, especialmente dada a importância do Brasil nas importações desses insumos.
Os preços dos fertilizantes no mercado interno brasileiro também são influenciados pela cotação das commodities, como milho e soja. A queda nos preços da soja, por exemplo, afetou negativamente o MAP e o KCl devido à contenção de gastos dos agricultores, levando a uma redução nos preços desses fertilizantes.
Por outro lado, a alta do milho impactou positivamente o MAP devido à sua popularidade nessa cultura, resultando em uma menor disponibilidade e aumento de preço.
Além disso, fatores como oferta/demanda, questões climáticas e geopolíticas, como restrições nas exportações chinesas e conflitos no Oriente Médio, também influenciam os preços dos fertilizantes internacionalmente, com os EUA e outros países contribuindo para diferentes dinâmicas de mercado.
No cenário atual e nas perspectivas para o mercado de fertilizantes no Brasil, destaca-se avanço da colheita da safra 2023/2024, com possíveis perdas produtivas que podem afetar os preços.
No entanto, considerando-se o setor de fertilizantes como um todo, a cadeia de suprimentos tem operado de maneira eficiente. Embora tenha havido alguns contratempos logísticos devido à postergação das compras pelos produtores, a expectativa é de que os fertilizantes continuem a contribuir para uma melhoria nas margens dos produtores. Isso já foi visto na safra 23/24 e deve se manter na safra 24/25, com o custo de produção tendendo a diminuir. No entanto, é importante frisar a importância de controlar o custo de produção, especialmente neste momento em que os preços estão se estabilizando, a fim de garantir margens adequadas. O que é recomendado para os produtores é antecipar suas vendas e ajustar suas compras para evitar problemas logísticos decorrentes do excesso de estoques, possibilitando assim um funcionamento mais fluido do mercado.
No contexto global, fatores como as restrições chinesas às exportações, conflitos geopolíticos e oscilações nos preços das commodities e do dólar devem ser monitorados, com perspectiva de um ano mais estável para o mercado em 2024.
Diante da perspectiva de estabilidade, é prudente explorar alternativas. Neste sentido, os fertilizantes da Campo Forte se destacam como uma solução tecnológica para atender às novas demandas da agricultura tropical, que busca a regeneração e a sustentabilidade. Reconhecidos pela sua qualidade técnica superior, tais insumos também se destacam por sua responsabilidade ambiental. Com uma pegada de carbono reduzida, contribuem para mitigar as mudanças climáticas. Além disso, sua eficiência na aplicação ajuda a minimizar as perdas de nutrientes. Logo, optar pelos fertilizantes da Campo Forte diante do contexto atual é uma escolha promissora e consciente.